quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

TODMORDEN



TODMORDEN, UMA REVOLUÇÃO GENTIL 

Existem mais de 70 jardins comunitários na cidade inglesa Todmorden, West Yorkshire. A cidade ostenta pomares e hortas nos locais mais improváveis e seus moradores são encorajados a colherem frutas e hortaliças onde quiserem, de graça. Em frente a Estação policial é possível colher flores, ervas, alfaces, cenouras e os policiais até incentivam seu consumo. Os moradores da cidade decidiram transformar a paisagem urbana num gigante jardim comestível. A co-fundadora do projeto Incredible Edible, Mary Clear fala da meta ambiciosa para a cidade tornar-se independente de suprimentos alimentícios em 2018 e de uma Revolução Gentil que considera a dignidade das pessoas.


Quando questionada sobre o que acontece quando alguem pega todas as maçãs ou limpa todo o canteiro da Estação policial, ela responde enfaticamente: -"Nada. Em Todmorden, nós confiamos nas pessoas, - que elas são decentes e que querem ser parte da solução." 


A idéia do Incredible Edible surgiu quando Mary e sua amiga proprietária de um Café na cidade, começaram a pensar no que fazer para melhorar o mundo. E logo decidiram, sujar suas próprias mãos literalmente e começarem a plantar. Além de plantar e estimular a economia local, o Incredible Edible pretende educar as pessoas quanto alimentação saudável, orgânica e não geneticamente modificada.
Ao invés de culpar o governo, ou outros no mundo resolveram agir.


http://naturalsociety.com/self-sustaining-town-grows-vegetables-unlikely-places/#ixzz3RT8uk8sr 

terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

Projeto Cidades Comestíveis




E se, ao caminhar por parques, praças, ruas e calçadas de São Paulo, ao invés de encontrar grama, terra e cimento, você pudesse colher uma alface, regar um pé de couve ou tirar uma pitanga direto da árvore?

E se esse patrimônio fosse mantido colaborativamente e pudesse ser acessado de forma gratuita? Na São Paulo da seca iminente, parece um cenário distante. Mas essa é a utopia que o projeto “Cidades Comestíveis” está plantando.

Para exemplificar, cita Bill Mollison, um dos precursores da permacultura, que diz que, se começarmos a fazer produção de pequena escala em nossos jardins, podemos resolver boa parte do problema de alimentação do mundo. 

“Falamos de agricultura cidadã, de engajar pessoas na cidade que queremos. Se se alimentar é um direito constitucional, também é direito produzir seu próprio alimento. 

É uma forma de combater a insegurança alimentar pela raiz, diminuir o tanto de comida industrializada que não sabemos a procedência”, argumenta. Biazoti afirma que seria necessário desenvolver processos de produção comunitária em cada bairro, que aproximem e reconectem as pessoas com seus alimentos.

http://portal.aprendiz.uol.com.br/2015/02/06/por-uma-cidade-comestivel-projeto-quer-ajudar-hortoes-a-brotarem-no-espaco-urbano/


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quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

Vida Simples

Fonte da imagem: Vida Simples



Nascido e criado em Belo Horizonte, há 30 anos Guilherme se mudou para São Sebastião das Águas Claras, mais conhecido como Macacos, na Grande BH. 

Formado em arquitetura e especializado em paisagismo, ele morou na Espanha por um ano. Mas foi em Macacos, em um sítio em meio à natureza, que se encontrou. Por 15 anos, morou ali sem energia elétrica. 

Ele diz até hoje não comprar roupas e só usar aquelas que seus irmãos lhe dão. 

“Não atribuo grandes valores ao materialismo. Tenho uma caminhonete porque preciso dela para trabalhar.”

terça-feira, 3 de fevereiro de 2015

CIDADE BIOFÍLICA

CIDADE BIOFÍLICA

High Line, Nova York - Via landarchs.com     
High Line, Nova York - Via landarchs.com

O termo “biofilia” é utilizado pela Universidade de Harvard para definir o grau em que os seres humanos estão conectados com a natureza e com outras formas de vida.
Timothy Beatl, autor do livro “BiophilicCities: IntegratingNatureintoUrban Design and Planning”, aplica o termo biofilia às cidades que apresentam um desenho urbano que permite aos habitantes desenvolverem atividades e um estilo de vida que os deixa aprender com a natureza e comprometer-se com seu cuidado. Além disso, as instituições locais das cidades biofílicas destinam parte do orçamento dos seus governos para cumprir este compromisso.
Para Beatley, o projeto biofílico tem aumentado nos últimos anos, particularmente nos edifícios que buscam integrar características naturais, como luz, ventilação e vegetação; no entanto, a grande maioria dos centros urbanos não tem canalizado seus esforços para desenvolver esta tendência.
Na continuação poderá conhecer sete características das cidades biofílicas.


High Line, Nova York © David Berkowitz; via Flickr     
High Line, Nova York © David Berkowitz; via Flickr

1. Natureza abundante nas proximidades das cidades com grande número de habitantes.
Para alcançar esta característica, as cidades biofílicas possuem programas públicos de infraestrutura de áreas verdes que lhes permitem destinar uma porcentagem de seu orçamento para financiar estes projetos. Levando isso em conta, Nova York se qualifica como uma cidade biofílica, já que conta com o programa PlaNYC, que pretende que em 2030 cada habitante da cidade tenha um espaço público verde a 10 minutos de caminhada.Seattle também se classifica como uma cidade biofílica, porque tem o plano Seattle P-Patch, que visa construir um jardim urbano comunitário para cada 2.500 habitantes.


Wellington, Nova Zelândia - landarchs.com     
Wellington, Nova Zelândia - landarchs.com

2. Afinidade entre cidadãos, flora e fauna nativa

Bentley considera o clima, a flora e a fauna como características que definem o lar urbano. Por isso, considera fundamental que as autoridades municipais eduquem, estimulem e incentivem os habitantes a conhecer as espécies locais e nativas da flora e fauna, para que as comunidades valorizem seus benefícios ambientais e procurem preservá-los.
Em Wellington, Nova Zelândia, esta prática já é uma realidade graças ao trabalho de mais de sessenta grupos comunitários e voluntários de conservação que nos últimos anos tem realizado 28.000 horas de serviço em 4.000 hectares de reservas naturais. No caso de Oslo,Noruega, mais de 81% dos habitantes visitou em 2012 os bosques que rodeiam a cidade, o que demonstra o valor que os residentes dão pela paisagem natural.
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Canopy Walk, Singapura - Via landarchs.com      
Canopy Walk, Singapura - Via landarchs.com

3. Oportunidades para estar ao ar livre e desfrutar da natureza
A urbanização leva à falta de áreas verdes e à valorização dos terrenos baldios como um verdadeiro prêmio. Para não criar a sensação de que faltam espaços verdes, pode-se conectar os parques urbanos existentes através de caminhos que facilitem o acesso a essas áreas por parte dos moradores. Assim, as cidades biofílicas oferecem várias opções para se estar ao ar livre e realizar caminhadas.
Singapura já conectou seus parques, integrando 200 quilômetros de caminhos por meio de passarelas elevadas que permitem que habitantes de diferentes pontos da cidade entrem nos parques. Entretanto, Anchorage, Alaska, tem 1,6 km de caminhos naturais a cada 1000 habitantes. Estes são multiusos e dão a possibilidade de serem utilizados durante todo o ano, tanto para realizar passeios como para esquiar.


Oslo, Noruega - Via landarchs.com    
Oslo, Noruega - Via landarchs.com

4. Ambientes multissensoriais
A integração de espaços naturais e corredores ecológicos na trama urbana podem ajudar a criar as condições necessárias para novos espaços multissensoriais, onde os sons naturais são tão apreciados como a experiência visual de percorrer um parque.  Um exemplo de espaços multissensoriais é um projeto norueguês que busca iluminar oito rios de Oslo. Isto será parte de Akersleva, um corredor que permitiria aos cidadãos do centro da cidade se transportar até os parques próximos passando por caminhos com 14 áreas de silêncio.
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Via limerickbiodiversity.weebly.com   

5. As cidades biofílicas concedem um papel importante à educação no campo da natureza
A educação sobre a natureza pode promover a adoção de uma vida sustentável por parte da população. As cidades biofílicas dão importância à educação em campo, porque dá a possibilidade de unir-se com outras pessoas para conectar-se com a natureza, podendo ser através de caminhadas guiadas, acampamentos ou voluntariado para recuperar áreas naturais.
Em Limerick, Irlanda, vários grupos ambientalistas estão trabalhando com o município para educar a população sobre a biodiversidade e as espécies selvagens nativas. Urban Tree Project  e Limerick City Biodiversity Network são dois novos grupos que tem envolvido a população local com a natureza, oferecendo visitas guiadas, conferências e recursos online para aprender sobre a importância da biodiversidade.


Portland, Estados Unidos - Via landarchs.com  
Portland, Estados Unidos - Via landarchs.com

6. Investimento em infraestrutura social que ajude a população urbana à compreender a natureza
O investimento nesta área é um excelente indicador de uma cidade biofílica. De acordo com Beatley, as cidades deste tipo investem em torno de 5% do seu orçamento dedicado à biodiversidade e pelo menos colocam em funcionamento um projeto biofílico por ano. Com isso, podem-se construir centros de vida silvestre e museus de história natural, financiar iniciativas escolares e programas de recreação, entre outros.
Em Portland, Oregon, essa porcentagem do orçamento se superou notavelmente e tem-se feito investimentos em infraestrutura social e “verde”, já que contam com os parques urbanos com maior superfície per capita dos Estados Unidos. Entretanto, N’Parks de Singapura tem um programa de incentivos chamado Skyrise Verde, que financia até 75% dos projetos para jardins urbanos em telhados e paredes verdes.


Parque Olarizu, Vitoria-Gasteiz - Via landarchs.com  
Parque Olarizu, Vitoria-Gasteiz - Via landarchs.com

7. As cidades biofílicas tomam medidas para apoiar ativamente a conservação da natureza
As cidades devem ter em conta a sua pegada ecológica e os impactos negativos sobre o ambiente que gera a população e as atividades desenvolvidas pela mesma. Para conseguir isso, as cidades - que podem ser chamadas de biofílicas - focam no desenvolvimento compacto e na designação de áreas protegidas através da criação de planos de ação para proteger a biodiversidade do lugar.
Em Nagoya, Japão, 10% do solo está localizado ao lado dos limites urbanos, de modo que fique em um estado não gerenciado e possa ser protegida como reserva natural. Enquanto isso, Phoenix, EUA, comprou 17.000 hectares de deserto a fim de evitar os efeitos negativos da expansão urbana da cidade e designar esta área como um lugar para a conservação da natureza.
Também o caso de Vitória - Gasteiz, no País Basco, cidade que está cercada por um cinturão verde para limitar o desenvolvimento da cidade e proteger o pantanal Salburua. Como este plano tem dado bons resultados, está sendo estudada a possibilidade da criação de um anel verde interno para levar as áreas verdes para dentro da cidade.
Para Beatley, os indicadores que se concentram na introdução e proteção de áreas verdes naturais ao interior das cidades, incentivam a interação dos habitantes com a educação ambiental e restauração dos habitats das cidades. Considerando que mais da metade da população mundial vive em centros urbanos onde há uma carência de natureza, a biofilia tornou-se a melhor opção para as cidades.
Texto por Constanza Martínez Gaete via Plataforma Urbana. Tradução Archdaily Brasil.




Fonte:Fernanda Britto. "O que é uma cidade biofílica?" 16 May 2013. ArchDaily Brasil. Acessado 2 Fev 2015. http://www.archdaily.com.br/br/01-99393/o-que-e-uma-cidade-biofilica?ad_medium=widget&ad_name=most-visited-article-show